Fui diagnosticada em 2012 durante uma crise de euforia. Tinha perdido um bebê ainda no ventre, com dois meses depois me separei, após um tratamento no CAPS -Centro de Atenção Psicossocial- da minha cidade fui vítima de um médico louco, estuprador de mulheres, isso foi o fim de uma saga que foi vivida desde infância.
Tive a sorte de nascer em uma família linda, ser tratada com um médico/ professor universitário que deu o diagnóstico correto, pois até então só fazia tratamento depressivo e isso era super prejudicial a minha saúde. Hoje vivo bem tratada, faço acompanhamentos psicanalítico e psiquiátrico, uso minhas medicações diariamente e trabalho em duas escolas, não mais como professora, mas tenho um trabalho produtivo em secretaria escolar/biblioteca e apoio pedagógico.
Ainda durante a crise passei a escutar músicas populares brasileiras, a prestar mais atenção ao Movimento Armorial de Pernambuco, observar pinturas de Van Gogh, ler sobre a vida e artes de Frida Kahlo,assistir filmes.... Enfim, apesar de todas angústias, crises de histeria, depressões, perdas de "amigos", pausas nos trabalhos,... As Artes foram fundamentais para minha recuperação, pois foi a partir disso que consegui deslumbrar um futuro melhor, percebi a quantidade de pessoas que também sofria com os males que me tiravam o chão, a razão e a alegria de viver.
Puxa, que depoimento linoo e que bom que está bem. Sem dúvida, a arte é um caminho muito saudável a se escolher. Um abraço.